Medicamentos por todo o lado

Como forma de facilitar o acesso a certos tipos de medicamentos, o Governo decidiu liberalizar a venda destes bens e permitir a sua venda em superfícies comerciais. Ao que tudo indica, estes produtos irão estar à venda apenas em grandes superfícies, visto apenas estas terem capacidade de cumprir as condições necessárias para a sua venda. Como em qualquer outro tipo de negócio, este não se deve ficar apenas pelas grandes superfícies comerciais. A associação de lojas dos trezentos, a associação de lojas dos orientais residentes em Portugal e afins (LORPA), também conhecidas por lojas dos chineses, entre outras, reclamam a venda dos medicamentos para as suas unidades comerciais. Uma senhora que não se quis identificar, que é vendedora de regueifas e outras doçarias no mercado de Pardelhas, que se chama Almerinda, afirmou mesmo que estaria disposta a investir alguns euros para poder vender os medicamentos, porque, diz ela: “Mal acomparado, os meus doces são como o Panadol, combate as dores da fome, mas não ataca a cabeça”. Um senhor Oriental (chinês ao que supomos), de seu nome Chuang-Li Chop Suey Com Champignons, que também não se quis identificar, ao ser questionado sobre a falta de espaço na sua loja para estes produtos, retorquiu (não deve ter retorquido porque não sabe o que isto quer dizer, apenas respondeu) dizendo que ainda havia algum espaço entre as bandeiras e os cachecóis de Portugal, as capas de telemóvel e os perfumes de marca. Quando confrontados com a capacidade de cumprir os requisitos mínimos para poder comercializar medicamentos, ambos afirmaram que não podiam responder, porque tinham deixado o comer no forno, e que tinham de ir rapidamente para casa. Ao que conseguimos apurar através de uma fonte anónima, de seu nome Lelo da Encarnação, estes pequenos comerciantes estão dispostos a adquirir medicamentos de contrafacção e com defeito. Assim, podemos passar a ver medicamentos para as dores da cabeça a combater os bicos de papagaio, contra a gripe a combater as dores de estômago, e outros erros do género. Essa mesma fonte anónima disse que os clientes serão avisados de todos os defeitos conhecidos antes de adquirirem o produto. Se houver mais defeitos é uma questão de contactar com os vendedores que rapidamente efectuarão a troca, isto se o erro não for muito grave.

(Todas as pessoas aqui citadas são personagens fictícias. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência, ou não.)

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